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“Eu senti hoje essa transcendência através da natureza. A natureza me alimentou, me equilibrou quase de uma forma panteística. Mas com o tempo, numa outra crise, já isto não adiantou e foi o ‘vazio pleno’, a noite, o silêncio dela que se tornou a minha moradia. Através deste ‘vazio pleno’ me veio a consciência da realidade metafísica, o problema existencial, a forma, o conteúdo (espaço pleno que só tem realidade em função direta da existência desta forma).” Lygia Clark, Carta a Mondrian

O objetivo desta texto é apresentar um tema central do pensamento de Kant: as “formas da sensibilidade” que, na Crítica da Razão Pura, são abordadas na Estética Transcendental – “estética” aqui com o sentido de “gnosiologia” ou “teoria do conhecimento”.

O texto está dividido em três partes. Na primeira, trato do modo como pensamos, num exercício do que podemos chamar de “gnosiologia natural”. Na segunda, veremos como Aristóteles e São Tomás sistematizaram essa “gnosiologia natural”. E na terceira, veremos o quanto e como Kant se afasta dessa concepção, numa inversão que ele chamou “copernicana”, em referência a Copérnico, e que nós bem poderíamos chamar de psicótica, por conta de tudo o que será perdido.